NÓS SOMOS AQUELES PELOS QUAIS ESTAMOS ESPERANDO



 Caras e Caros Estudantes, 


"NÓS SOMOS AQUELES PELOS QUAIS ESTAMOS ESPERANDO", disse James Early, em 05/12/2021, num seminário internacional sobre a diáspora africana e assim ele dialoga com a fala de outro africano, o Professor Yeshua, que eu versaria nesta forma: 

"O que tendes em tua mente, coração e mãos para a multiplicação das ações de Amor e Justiça nos dias atuais?" 

Estamos celebrando o dia de Natal, o Kwanzaa e o Ano Novo com os valores que temos em mãos e entre os quais o "estar vivo"  é o maior deles dada a política de negação da ciência, estímulo ao predomínio da lei do mais forte, via armistício, e o aumento da indiferença pelos direitos humanos dos demais semelhantes por associação a interesses financeiros, no âmbito das bancadas BBB, bem como na psicopatia social, no ambito da gestão federal, onde se age contrariando a Constituição Federal de 1988 gerando o mal estar da maioria do povo brasileiro exemplificada nas milhares de mortes evitaveis da COVID19.

Neste contexto celebrar o Natal é também um exercício do valor conceitual da Liberdade no âmbito do "Sim, sim...Não, não" apontado pelo professor Yeshua, em 32 D.C, mas também alinhado ao sentimento de se reconhecer ou não a origem e o papel do Menino-Luz nascido em Betlem-Efrata, cidadezinha na qual o Rei Herodes ordenou a morte de todas as crianças menores de 2 anos de idade, demonstrando que o ceifar vidas por interesses politicos não é uma novidade em 2020.

Assim vivencia-se a sucessão das coisas brutais à espera da resposta de cada um de nós à pergunta: 

"O que tendes em tua mente, coração e mãos para a multiplicação das ações de Amor e Justiça nos dias atuais?"

Os Sábios do Oriente vieram pelo deserto e deixaram, em Belém,  os presentes que garantiram a viagem e a sobrevivência do Menino-Luz, como um exilado refugiado no Egito, e agora a cada aniversário renova-se as expectativas, as esperanças e as ações praticas por um mundo melhor. 

Num domingo 26 de dezembro, como ontem, ainda se estava no clima alegre e festivo da celebração do aniversário  natalino quando duas placas tectonicas se chocaram no Oceano Indico e gerou-se um movimento volumoso das águas do mar que atingiu 14 países dezessete anos atrás. Neste momento um casal de médicos brasileiros gozava de um mergulho observacional da flora e da fauna marinha na Indonésia. Estavam absorvidos pela beleza do lugar, por 23 minutos, quando sentiram uma leve pressão da água em seus corpos e ao subirem para a superfície descobriram que algo terrível aconteceu. Não tinha mais praia, barracas e pessoas. Um Tsunami havia passado e levado tudo. Quem sobreviveu estava em lugares altos nos prédios ou em cima das árvores que não foram arrastadas pela força das águas em ondas tsunamicas. Diante da situação a reação do casal de brasileiros foi ajudar os feridos e salvar vidas. 

Soube-se, pela imprensa internacional, que o epicento foi no fundo do mar indonésio, deslocou o eixo da Terra em 1 grau e causou a morte de cerca de 230.000 pessoas nos segundos, minutos, horas e dias que se seguiu ao evento sísmico  pois muitos corpos foram resgatados mortos ou feridos à quilômetros do local onde estavam antes.

Em 26/12/2010 numa celebração, em memória a estas vidas perdidas, Ban Ki-Moon, então Secretário Geral da Organização das Nações Unidas-ONU, alertou para a necessidade de estudos e politicas efetivas de prevenção e mitigação das Mudanças Climáticas pois no agravamento futuro do clima preve-se que as mortes serão volumosas como o foi no Tsunami Asiático de Domingo, 26 de Dezembro de 2004.

Desde este dia tsunamico fiquei impactado por este evento sísmico e me alegrei ao ver a atitude do casal de brasileiros que imediatamente dispuseram o que tinham em mãos para ajudar as pessoas, ao invés de fugirem do local, e mais tarde foram seguidos pelo governo federal brasileiro que coordenou o país na arrecadação e transporte, à Indonésia, de toneladas de alimentos e medicamentos para os sobreviventes. 

Que fazer agora que tudo se foi? Foi a interrogação que surgiu perante o caos da situação e uma palavra emergiu na instabilidade: "Perfeição". Meses depois entendi que a atitude do casal de brasileiros era o significado da palavra "Perfeição", naquele momento, e a Reprodução da atitude era o movel da ação a ser executada, enquanto solidariedade ativa, pois se ombreou com as pessoas e governos nas suas dificuldades até que pudessem caminhar com as suas próprias pernas. 

Em 2010 foi esta palavra, Perfeição, que demarcou as ações naquele ano durante os dialogos construtivos das propostas dos planos de Educação onde as atividades de universalização dos fatores de qualidade foram pautados objetivando as condições de perfeição possiveis para que o fosso de séculos de racismo e exclusão educacional fosse reduzido. O tal fosso existiu por cem anos na combinação de dois fatores: proibição de escolas para pessoas negras e restrição de voto ao analfabeto enquanto se ofertava educação para familias brancas e imigrantes europeus até a CF 1988. Somente em 1996 a educação básica foi universalizada para todas as crianças e o primeiro Plano Nacional de Educação só foi instituido, por lei federal, em 2001. Contra esse fosso educacional é que os fatores foram configurados por meio das Conferências, de 2009 a 2010, que resultaram nas Diretrizes, Metas, Objetivos e Estratégias do Plano Nacional de Educação, de junho de 2014-2024, bem como no Plano Municipal de Educação de São Paulo, de 2015-2025.

Em 2012 durante os debates, no Congresso Nacional sobre o Plano Nacional de Educação, a Ministra da Secretaria de  Politicas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena Bairros, fez a seguinte indagação no lançamento do Estatuto da Igualdade Racial:

"Como estarão os estudantes negros em 2030?"

Feita a indagação ela mesma apontava a resposta que era o convite para que todo os ministerios do governo federal se comprometessem com a execução dos objetivos e estrategias do Estatuto da Igualdade Racial "Se estivessem prontos" para os desafios de efetivamente mudar os patamares de estagnação onde estava a juventude e os estudantes negros antes da política pública afirmativa de Cotas Raciais. 

Embora estivessem em áreas diferentes Ban Ki-Moon e Luiza Helena Bairros foram funcionarios da ONU e suas falas convergem para o mesmo objetivo no contexto da participação social dos Estudantes e da coresponsabilidade de Mães e Pais pelo destino coletivo do futuro dos estudantes e do planeta Terra. Assim a Agenda 2030/17 ODS e as Câmaras Temáticas da Educação dialogam com as Conferências de Educação nos âmbitos nacional, estaduais e municipais. Neste contexto se pauta e se convida os estudantes, desde os 9 anos de idade, a dialogar, ler, refletir e contribuir para o aperfeiciamento das metas, objetivos e estrategias dos planos de Educação por meio das Conferências regionais, municipais, estaduais e nacional de Educação. Diz-se "Nada sobre nós, sem nós". Se assim é voltamos à frase de James Early, no inicio do texto,:

"NÓS SOMOS AQUELES PELOS QUAIS ESTAMOS ESPERANDO" e assim, após o 25 de dezembro, quando o mundo se alinha ao aniversário do Menino-Luz, Yeshua, vamos também lembrar das 230.000 pessoas que tiveram suas vidas ceifadas pelo Tsunami Asiático, de 2004, mortes inevitáveis, mas se alinhar em solidariedade às ações construtivas e preventivas de mortes evitaveis como foram as 618.000 mortes da COVID19 no Brasil. 

Hoje, 27 de dezembro de 2021, Luiza Bairros é uma ancestral mas dialogando com a indagação que ela fez, em 2012, como é que você deseja estar em 2030? Dialogando com o casal de médicos brasileiros, em 26/12/2004, o que você tem em suas mãos para a multiplicação das coisas boas para o bem estar coletivo? Mas para deixar o ambiente mais suave e leve para as idéias emergirem de dentro do fundo nas nossas mentes que tal a gente relaxar brincando e jogando? É....vamos brincar e depois ver o que rola. Vamos esticar as canelas, flexionar os joelhos, soltar as mãos e ombros.....vamos relaxar e brincar.....

Quando você faz aniversário?

É.... dia, mês de nascimento e ano. Exemplos: a)05/10/1988- ConstituiçãoFederal, b)21/03/2003 SEPPIR, c)26/12/2004 Tsunami, d)18/06/2010Conf. Mun. Educação , e)24/06/2014 PNE,  f)25/09/2015 PME-SP e sua data de nascimento: g)....../....../.......

Você envia o seu Nome, a data escolhida, sua data de nascimento, CEP da rua onde mora e CEP da escola/faculdade onde estuda. Estas cinco informações serão o suficiente para ver as palavras e números por meio dos quais se pode brincar, jogar e se divertir por dias e meses.


Boas festas e boas idéias em suas mãos.

Abraços fraternos

José Adão de Oliveira

Educador Social e Coordenador do blog BRASIL 2025.

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